segunda-feira, 7 de abril de 2008

Para republicanos é melhor centrar na economia que na guerra do Iraque

Em um prefácio de um de seus últimos escritos, Engels parceiro de Marx já escrevia que "as eleições norte-americanas são diabólicas". Ou seja que a chamada democracia americana e suas eleições se realizam sob o manto da falsidade e do engôdo da opinião pública e que essa falsificação da realidade para influenciar o voto dos eleitores se faz de uma forma tão intensa quanto dissimulada, que pode ser chamada de diabolismo.

Mais uma vez creio que é exatamente isso que está acontecendo agora, nesses dias em que vivemos, que antecede as eleições americanas, no grande embate entre os chamados "democratas" e "republicanos".

Todos sabemos que mesmo sob intenso bombardeio da enganação, particularmente midiática das amplas massas de eleitores norte americanos, estas se posicionaram contra o governo republicano de Bush, particularmente devido aos horrores da guerra imperialista da elite bandidesca dos Estados Unidos contra o povo iraqueano.

Justamente quando aproximam as eleições, coisas aparentemente estranhas passam a acontecer nos EUA e que em minha opinião, estão ligadas à manipulação da opinião pública, visando influencia-la nas proximas eleições. Destacaria aqui duas questões essenciais: o apoio velado dos republicanos para o crescimento da candidatura de Barak Obama e agora a chamada "ante-sala da recessão americana".

É importante antes de tudo deixar bem claro que tanto o partido republicano quanto o partido democrata, são duas faces da mesma moeda (e ponha mesma nessa questão). Tanto um quanto o outro, são imperialistas. O democrata mais demagogo e o republicano mais abertamente nazista. Mas como acontece em todos os lugares e todos os partidos, existem algumas pequenas nuances, traços distintos entre os dois, bem como entre suas diferentes lideranças.

Atualmente o setor mais belicista americano já se convenceu de que só lhe resta o nazismo como forma de dominio, pois qualquer outro lhe seria um pouco perigoso. Por isso esse setor está convencido de que o jogo de aparencia do partido democrata está ultrapassado. Mas para a infelicidade deles, ainda existe o direito do povo americano votar, no sistema de "para cada cidadão um voto".

É claro que fazem de tudo para mudar essa realidade, inclusive já está estabelecido que nem sempre a maioria dos votos do povo americano tem poder de decisão. O sistema eleitoral americano já sofreu tantas mudanças e deformações, que atualmente mesmo se a maioria dos eleitores votarem em um candidato ou partido, o outro ainda tem a possibilidade de ser o "vencedor". Aliás a "eleição' de Bush se deu exatamente assim, pois ele teve minoria de votos e "ganhou". Mas quando a diferença é muito grande, fica dificil uma manipulação muito aberta.

E esse é o perigo atual, onde os eleitores parecem inclinarem para os democratas nesse momento das previas eleitorais, onde se escolhe qual dos dois candidatos disputarão o cargo de presidente dos EUA. É claro que interessa aos republicanos, qual o candidato democrata se apresentará diante dos eleitores americanos.

Em minha opinião, numa sociedade racista como é os Estados Unidos, é muito mais fácil para os republicanos derrotarem um negro que derrotarem um branco,particularmente se esse negro tiver uma origem e uma postura como do senador Obama. É por isso que a imprensa está sempre evidenciando que nas previas atuais, particularmente nas semanas que se passaram recentemente, por toda parte as forças e os partidarios do partido republicano tudo fizerame fazem para que Obama seja o vitorioso das prévias do partido democrata. E nessa batalha parece que já sairam vitoriosos. Hilari não tem mais a chance de sair como a candidata dos democratas. Assim, uma parte dos preparativos da vitória republicana, a consagração de Obama como o rival democrata, parece estar superada.

Agora é preciso preparar a outra pré-condição para tornar menos dificil ou para favorecer uma vitória republicana: estabelecer sobre qual terreno político a eleição acontecerá. Se o candidato democrata for Obama e o terreno for a guerra do Iraque, ainda é um terreno desfavorável. O candidato é mais vulnerável, mas o tema é perigoso. Por isso para os republicanos, depois de definir que o candidato será um negro com as caracteristicas de Obama, é preciso retirar da cena principal, os horrores da guerra do Iraque e colocar em seu lugar outra coisa, qualquer outra coisa principal, ainda que seja a economia americana.

E parece que os republicanos tomaram a decisão de fazer prevalecer essa opinião, de alterar o centro do debate da guerra do Iraque para a economia, de levar as amplas massas a pensar que a questão agora são principalmente os problemas economicos, que vão lhes engolir e lhes destuir

E dar a entender isso até mesmo para a maioria dos eleitores americanos, de que o centro são os problemas econômicos e arrasta-los para esse terreno, não é algo tão difícil. Essa minha opinião tem como base o fato da economia capitalista americana, suas bases de produção e desenvolvimento, se encontrar altamente centralizada, onde prevalece naturalmente uma tendencia cada vez mais forte, pesada e rápida, da polarização entre os possuidores e os despossuidos, entre a opulência de um lado e a miséria de outro lado.

E mais, penso que a economia americana é muito controlada, para que a miséria naturalmente crescente, não ponha demasiadamente em perigo os de cima, a elite. Assim fazem com que essa miséria seja controlada por inumeras medidas deliberadamente tomadas para controla-la, visando dificultar e até impedir revoltas sociais.

Ora, basta afrouxar um pouco esse controle do crescimento desenfreado da diferenciação entre os grandes e poderosos possuidores e a grande multidão dos despossuidos que vivem de programas sociais, para ver crescer o desespero entre as massas e lava-las pelo bem ou pelo mal,a concluirem que a economia americana esteja realmente em perigo iminente, fazendo o eleitor deixar de centrar na guerra do Iraque e passe a pensar na exisitencia mesma de sua familia

E isso não é dificil de fazer hoje nos estados unidos, porque a economia americana é fortemente monopolizada, cujas alavancas principais estão nas mãos dos belicistas, cuja maioria é republicana. Ontem mesmo o Sr Alan Grisppan, ex-presidente do Banco Central americano, disse que ele respeita e apoia o candidato do partido republicano e trabalha por sua vitoria. E fez a sua analise da situação atual da economia emericana, onde disse que embora os EUA ainda não esteja vivendo uma recessão, tem mais de 50% de possibilidades de entrar nela.

Sabemos que exisitem problemas reais, mas o que digo é que hoje esses problemas reais não predominam na economia americana e mundial, mas que não é dificil de enganar a opinião publica sobre esse assunto, particularmente quando ao lado do grande alarido na midia de que esse é problema central, se tomar algumas medidas efetivas, se simples aplicação, para piorar rapidamente a vida daqueles das camadas sociais que dependem do governo. Aliás é mais facil deixar correr frouxo a logica do capitalismo desenfreado, do que freia-lo com medidas governamentais paliativas para amenizar a pobreza.

Os bancos americanos e a economica americana tem seus pontos vulneráveis reais e por ser capitalista, pode entrar em crise e até mesmo numa grande crise, onde a recessão seja um dos seus elementos. Mas para isso acontecer e quando isso acontecer, tem de arrastar e arrastará junto toda a economia mundial, hoje baseada no controle e monopólio americano. Penso que isso não é o centro nos dias atuais. Não estamos vivendo uma grande crise economica mundial, onde o capitalismo americano esteja em perigo.

Mas passar essa ideia para as amplas massas dos eleitores americanos, parece ser hoje o malabarismo diabólico das elites americanas. Muitos podem pensar que as amplas massas irão culpar o Bush pela crise economica e igualmente apoiar os democratas. Sim isso existe e vai influenciar, mas podem ter a certeza de que irão jogar pesado para provar que um Obama não tem condições de retirar as massas da miseria e que para isso só quem tem experiencia e poder, coisa para fora do alcance de Obama. A

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A "independência" de Kosovo é um novo Israel, vassalo americano, dentro da Europa!

Kosovo: Aparentemente independente, na verdade subserviente!

“Kosovo é um polígono militar americano nos bálcãs, um depósito da OTAN", contra os povos da europa e a paz mundial.

Notícia de 18 de fevereiro de 2008

Kosovo é uma província da Sérvia, antiga Iugoslávia, cuja capital é Belgrado. Fica ao sul da Sérvia. Um pequeno território encravado dentro da Europa. Agora, antes de ontem, essa província declarou sua "independência", melhor seria dizer, sua independência da Sérvia e completa dependência dos interesses militares americanos, ingleses no coração da Europa. Imediatamente o governo americano e a União Européia declaram que de fato reconhecem esse pequeno território Sérvio, como se fosse um estado soberano, e darão à ele todo a apoio necessário.

A "independência" de Kosovo, na verdade, é um plano do imperialismo americano de criar um novo estado de Israel no coração da Europa, como fizeram antes lá no Oriente Médio, nas terras palestinas e que desde então só tem causado mortes, destruições, miséria e todo tipo de horror entre os povos árabes, para roubar-lhes o petróleo.

A "independência" de Kosovo, na verdade, é um esforço concentrado da agressiva e assassina política das elites governantes dos Estados Unidos, em cercar a Rússia e instalar por ali um sistema de foguetes nucleares para atacar os países e povos da Europa, Irã, os quais de fato são independentes.

Precisamos condenar essa política agressiva e arrogante das elites imperialistas dos Estados Unidos. Vai ser interessante aguardar para ver o que a Senhora Hillary e o Sr. Barak Obama, que se dizem defensores de mudanças na forma de domínio do império americano, irão dizer...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Carnaval do Brasil celebra o amor. Eleição americana celebra o horror.

A marcha da humanidade rumo à uma sociedade planetária cada vez mais avançada, mais globalizada e de caráter necessariamente comunista, segue em frente. Porém os fatos e imagens dos acontecimentos desse caminhar, embora cheguem até nós a todo momento, em uma velocidade cada vez mais maior, chegam sempre fragmentados e parciais, unilaterais e geralmente invertidos.

Assim em nossas cabeças vai se formando uma compreensão, uma interpretação, geralmente falsa da vida real. A comunicação instantânea da internet, permite apenas isso: uma comunicação quase que instantânea na divulgação dos acontecimentos entre os seres humanos, quer sejam no terreno da luta pela produção, da luta de classes ou da experimentação científica.

Mas isso não significa que a transmissão em velocidade significa também transmissão de verdade. E em geral se transmite uma aparência falsa da realidade. A transmissão veloz de uma visão falsa dos fatos, longe de ajudar pode até piorar a compreensão dos acontecimentos, levando até mesmo multidões a apoiar causas absolutamente contra seus interesses.

O simples aumento da velocidade da divulgação dos acontecimentos não é e nunca poderá ser a divulgação da sua verdadeira essência, pois todos eles nos chegam sempre fragmentados e necessariamente filtrados, interpretados consciente ou inconscientemente pela teia de interesses de quem os divulga, podendo formar e formando de fato em nossas cabeças uma imagem quase sempre falsa da realidade verdadeira, da essência desses mesmos acontecimentos. Repete sempre o mesmo que ocorre em nossa retina, onde a imagem real aparece sempre invertida, de cabeça para baixo.

Na luta de classes em particular, da qual são ferramentas as grandes redes de "noticias" em todo o mundo, os homens e as classes a que pertencem, dissimulam seus interesses, escondem e invertem a verdade está quase sempre escondida.

Para conhecê-la não basta a velocidade da sua divulgação. Faz-se necessário ser consciente e ter uma visão histórica da marcha da humanidade. Diz o ditado que "para quem sabe ler, um pingo é uma letra" Ou seja é preciso saber ler, ouvir, compreender os acontecimentos. E esse saber não advém apenas de um amontoado caótico de uma quantidade cada vez maior e mais rápida de narrativas interesseiras de acontecimentos ou fatos. É preciso buscar interpretar os acontecimentos, ir da casca ao grão, afastar o falso do verdadeiro, o que é apenas aparencia e chegar à essência, que em geral está invertida nas diferentes formas com que aparece.

Por isso pensei que através desse blog, eu também poderia dar minha contribuição, ainda que modesta e limitada, interagindo com outras diferentes interpretações dos mesmos fatos da realidade de cada momento, de modo que tanto eu pudesse ter a oportunidade de captar um pouco mais de sua essência, bem como contribuir para que outros também possam conhecer outros pontos de vista de analises dos fatos e assim mais pessoas possam compreender melhor o que realmente se passa no mundo atual.

Ainda agora quando o dia de hoje, essa terça-feira de carnaval, quando no Brasil todos cantam e dançam a vida e o amor, assistimos o que se passa na chamada "super-terça" das eleições norte americanas. Ali, através do controle diabólico dos meios de comunicação e formação de idéias, os eleitores manipulados irão escolher quem poderia melhor iludi-los e usa-los como bucha de canhão, na defesa dos grande interesses monopolistas dos criminosos gângsters da grande maquina da matança de seres humanos, que é a maquina estatal imperialista americana.

Republicanos ou democratas? Duas faces da mesma moeda, do mesmo monopólio, do mesmo monstro da morte e do horror contra toda a humanidade. E nós brasileiros dessa grande colonia, que envia a cada dia mais de 500 milhões de reais de juros para alimentar esse monstro imperialista, estamos a debater qual seria o melhor carrasco para nós mesmos.

Bush e seu partido republicano está desgastado. É hora de troca-lo pelos democratas, dizem os senhores da morte, que continuarão a fazer o mesmo, apenas amaciando durante um pequeno tempo, a resistência e a luta dos povos de todo o mundo, enganando por mais uns tempos, esses modernos, esclarecidos e internetizados (idiotizados) escravos atuais.

Mas a vida continua. A luta pela produção, de classes e da pesquisa continua e se globaliza, independentemente de quem temporariamente apropria das riquezas produzidas. Tudo está em mutação, nada está petrificado e eternizado e tudo que é sólido hoje, esfumaçará no ar amanhã. E como diz nosso poeta, "Amanhã (que pode ser de séculos) será outro dia!